O Turismo assume-se como um sector extremamente dinâmico, estando actualmente sujeito a enormes desafios, fruto da Globalização. Os últimos anos mostram que o sector sofreu inúmeras alterações, sendo que Portugal e as ilhas da Madeira e Porto Santo, em particular, não ficaram à margem deste fenómeno. Estas mutações e até interrogações surgidas colocaram em causa determinados fundamentos que estavam dados como adquiridos e obrigaram a que os actores da cena turística encetassem uma profunda e intensa reflexão sobre a evolução e potencial de crescimento futuro do sector do Turismo.
Esta tomada de consciência do esgotamento dos paradigmas inerentes à actividade turística é extremamente importante. Não esqueçamos que quando o turista viaja leva na bagagem uma panóplia de expectativas que espera sejam satisfeitas. Ora, perante isto, destinos pouco maduros, assentes em ofertas pouco fidelizadoras e que não promovem o total aproveitamento das potencialidades que dispõem ao nível dos seus recursos turísticos, perderão terreno para modelos turísticos mais inovadores, que radicam na íntima interdisciplinariedade com abordagens diversas, e abrem uma freixa para o estudo de novos elementos, como sejam a geologia, a geodiversidade e o património natural, que poderão se constituir como aliciantes vantagens competitivas, susceptíveis de atrair e fidelizar turistas no futuro.
No caso específico da RAM, cuja história turística remonta ao século XV, o desafio principal passa por fortalecer a sua marca, adoptando estratégias capazes de potenciar os diversos elementos geológicos para atrair os turistas, de modo a que se criem e multipliquem as externalidades positivas necessárias à consolidação do sector.
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